sábado, 23 de janeiro de 2010

Estranhos

Estranhos pensamentos que circudam minha mente e muito provavelmente divergem da verdade absoluta. Nada sei sobre esses estranhos que rodeiam a cidade. Uma senhora passa em frente aos meus olhos míopes, vejo sua imagem levemente distorcida e me pergunto: qual é a sua história? Não sei nada sobre ela e provavelmente nunca saberei, se quer tornarei a postar meu olhar falho em sua pessoa. Almas perpassam à minha frente e não me vêem, mas eu as vejo, reluzidas no vulto borrado da minha imaginação. Algumas são azuis, outras magenta, tem umas que brilham, umas são foscas e outras são pedras. Algumas histórias passam defronte à mim mais de uma vez, mas é muito rápido, não as leio. Nada sei das marcas que guarda seu coração. Desejos? Aspirações? Vida? Família? Só imagino, e assim crio novos personagens, que são reais em parte, que poderiam ser reais, que podem, ainda, o ser.

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