terça-feira, 3 de agosto de 2010

Paraíso

De noite, é possível ver, na copa das amendoeiras, flores flourescentes, vulgarmente chamadas de estrelas. Algumas despencam do céu e boiam no mar, brilhando ao longe, na altura do horizonte. Na praia, as borboletas brancas pousam nos biquinis coloridos, na tentativa de adquirir suas cores vibrantes e enquanto realizam suas peripécias, levam paz às meninas desavisadas. A lua enorme vem chamar a todos para sentarem-se ao redor de uma fogueira. Ela ilumina o mar, como se fosse dia, e as pegadas na areia (glória de dias quentes, em noites frias). As folhas queimam, em um arder único, vermelho forte, enquanto as chamas brincam em seus vasos. Morrem de novo, depois da morte, brilhando secas e dançando nos olhos hipnotizados de quem observa o espetáculo. As estrelas movem-se em um ritmo próprio, passeando pelo céu, em conjunto, porém algumas, mais apressadas, correm, rasgando o azul infinito. E a música dos sonhos é o barulho do mar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário